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EXPEDIENTE

Resgatar as memórias sobre a ferrovia foi uma experiência gratificante, pois ao pensar na escolha do tema que envolve a história de Porto União e União da Vitória, foi possível notar que o trabalho do jornalista e do historiador segue entrelaçado, destacando a importância em trazer acontecimentos históricos que permeiam a sociedade para que as próximas gerações não se esqueçam das suas raízes, mesmo que não seja algo inédito.

O grande desafio se deu ao mostrar uma história que pode ser visitada, lembrada ou lamentada por seu abandono com um olhar diferente, que aproxime os leitores da sua história, que por vezes parece distante, mas nem por isso deixa de ter sua importância. O jornalismo como resgate de memórias permitiu um olhar mais aprofundado sobre a ferrovia e o Contestado. Cada lugar visitado e cada entrevistado trazia um diferente misto de sensações sobre a oportunidade de conhecimento e vivência, que despertavam a minha curiosidade, resultando na responsabilidade em transformá-las em uma grande reportagem na internet envolvendo fotografias, vídeo, áudio e texto.

O compromisso de buscar fontes, a corrida contra o tempo para a edição de todo o material e a criação do site foi um grande aprendizado sobre como o jornalismo pode resgatar histórias que aconteceram tempos atrás, para explicar problemáticas que envolvem a atualidade, principalmente tratando-se de histórias que podem fazer com que muitos se identifiquem, tendo como consequência a tentativa de realizar esses trabalhos da melhor maneira possível e, assim, apresentá-los ao leitor.

Mostrar os fatos da história do Contestado foi refletir que os aspectos que trouxeram desenvolvimento foram resultados de uma guerra na região. Ao conversar com historiadores percebeu-se uma insatisfação, quando relataram que os povos caboclos ou sertanejos, que viviam nas terras solicitadas pela Brazil Railway Company, não são, por muitas vezes, lembrados como deveriam, bem como que o material disponibilizado sobre o conflito ainda é insuficiente, comparado a sua importância.

Entretanto, o conflito que deu lugar a construção da ferrovia fez com que a região crescesse, mas para que isso acontecesse, muito trabalho foi realizado. Observar os detalhes de cada trabalhador da ferrovia, suas memórias, dificuldades e a nostalgia, quando demonstram a tristeza pelo abandono, tornou-se relevante para retratar uma época, que mesmo que faça parte do passado, deixou um legado para dar lugar ao início de um novo tempo.

 

A dificuldade dos trabalhadores que realizavam os seus serviços sem as máquinas e sem comunicação instantânea faz pensar sobre as produções atuais em meio à tecnologia e inúmeros recursos. As pontes, as curvas que os trilhos fazem cortando as montanhas e os túneis eram um grande desafio para a época em que foi construída a ferrovia na Serra do Mar, em Curitiba, por exemplo. E elas ainda estão intactas.

 

Um novo tempo se inicia quando há a tentativa de mostrar o início do desenvolvimento do país preservando o que foi um desafio para a época. E é isso que acontece quando a viagem com o trem começa. A vivência da história é tão importante quanto conhecer os seus dados e números. É uma nova chance para mostrar a importância de um tempo quando há a tentativa de transformar a história da cidade e unir o seu potencial turístico entre a rota das cachoeiras e a linha do trem, em União da Vitória e Porto União.

 

A reportagem foi republicada pelo Jmais, um dos principais sites de notícias da região de Canoinhas e também está disponível na biblioteca do Centro Universitário de União da Vitória - Uniuv.

Regiane Stachera

Esta reportagem multimídia é resultado do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Comunicação Social - Jornalismo, do Centro Universitário de União da Vitória (Uniuv).

Produzida em 2018 por Regiane Antonina Stachera, teve orientação da prof. Dra. Angela Maria Farah.

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